O Embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Robert Sherman, visitou no dia 11 de Janeiro o submarino português NRP Arpão, sendo este um dos últimos compromissos oficiais com os militares portugueses. O vídeo do Embaixador com os Fuzileiros tornou-se viral depois de Portugal ganhar o Euro 2016, mas esta visita ao submarino Arpão foi de trabalho.
Acompanhado pelos Adidos da Defesa e Naval da Embaixada Americana, respectivamente, Coronel Glenn LeMasters e Capitão Brian Hoyt, o Embaixador viajou num pequeno barco desde a doca em Lisboa até ao submarino onde esteve para uma visita de orientação de duas horas. Depois de abandonar o Rio Tejo e entrar no Atlântico, o submarino submergiu e fez uma demonstração das suas capacidades.
O Tenente Paulo Frade, capitão da embarcação, recebeu a bordo a delegação americana. A acompanhar a delegação estiveram também o Dr. Nuno Pinheiro Torres, Director-Geral de Política de Defesa Nacional, o Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo, Comandante Naval e o Capitão Mário Silva Gouveia, Comandante da Esquadrilha de Submarinos.
Durante a orientação, o Tenente Frade mostrou à delegação americana os avançados sistemas de sensores e armas e explicou a operação no mar. “Devido ao seu avançado nível de construção, acusticamente este submarino é muito silencioso. É praticamente indetectável quando opera submerso,” disse ele.
“Foi uma oportunidade fantástica ver com os meus olhos tudo aquilo que tinha ouvido contar sobre os submarinos da Marinha portuguesa”, afirmou o Embaixador Sherman. “Disseram-me que estes são dos mais avançados submarinos do mundo e uma das armas mais letais da aliança da NATO e agora vejo porquê.”
“O que de facto me espantou foi a tripulação,” continuou o Embaixador. “Os submarinos são comandados por um tenente da Marinha – muita autoridade e responsabilidade para um tenente da Marinha – mas o Comandante apresenta uma impressionante experiência em submarinos. Este pessoal tem muita formação. Em média cada membro da tripulação tem mais de 10 anos de experiência o que quer dizer que sabem o que estão a fazer. O corpo de submarinos é realmente uma elite dentro da Marinha portuguesa e uma parte crucial da nossa aliança da NATO.”
“Acho que faz sentido que na minha última visita à Marinha portuguesa eu pudesse observar e compreender um bocado mais sobre o seu “Serviço Silencioso”. Temos aqui não apenas submarinos com muitas capacidades mas também pessoal impressionante. Juntos garantem um recurso fundamental na aliança da NATO.”
Os dois submarinos portugueses 209PN têm a missão primária de inteligência, vigilância e reconhecimento (sigla em inglês, ISR) e também as missões de ataque anti-navio e anti-submarino. Podem ainda levar a cabo missões de exploração.