Jantar de homenagem da Câmara de Comércio Americana

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Boa noite! Hoje está uma noite fantástica.

Obrigado à Sofia pelas palavras tão simpáticas e à Câmara de Comércio Americana por ter organizado e acolhido este evento.

Gostaria de começar por manifestar o meu reconhecimento ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Excelência, estou-lhe grato pela sua presença aqui hoje e pelo constante apoio às relações económicas entre os nossos países.

Quero agora felicitar as três empresas distinguidas esta noite – Brisa, GEPACK e Talkdesk. Estas três empresas são reconhecidas pelo forte investimento que têm vindo a fazer nos Estados Unidos. De referir que tanto a Brisa como a GEPACK já participaram em cimeiras SelectUSA. A próxima cimeira vai ter lugar em Junho e teremos todo o gosto em colaborar com empresas que precisem de apoio para se movimentar no mercado norte-americano. E se está à procura de um mentor, talvez seja boa ideia contactar a Talkdesk. Tiago, o que a sua empresa tem feito é notável e é uma grande história.

E os meus agradecimentos vão também para todos os sócios da Câmara de Comércio Americana em Portugal. Em breve irei fazer uma intervenção mais longa sobre a minha missão em Portugal, mas por agora gostaria de deixar claro que o alargamento das nossas relações económicas e comerciais é uma das minhas grandes prioridades, assim como ver Portugal a aumentar as suas capacidades e tornar-se um parceiro dos Estados Unidos ainda mais forte em termos militares e de segurança. Sei que este grupo tem sido e vai continuar a ser um parceiro crítico dos nossos esforços para aumentar a prosperidade de ambos os lados do Atlântico.

E permitam-me que destaque este ponto sobre a prosperidade para todos. Porque há quem fique a pensar o que é que isso quer dizer quando é dito pelo, como me têm chamado, “Embaixador da América Primeiro”.

América Primeiro não quer dizer América sozinha. Quer dizer que, ao mesmo tempo que damos prioridade à segurança e prosperidade dos cidadãos americanos – como qualquer país deveria fazer com os seus próprios cidadãos – reconhecemos que estaremos mais seguros e seremos mais prósperos se os nossos aliados e parceiros também gozarem de segurança e prosperidade. América Primeiro também não quer dizer “todos os outros em segundo”. Embora, devo admitir, dei uma boa gargalhada com o vídeo do YouTube “América Primeiro, Portugal Segundo”.

A administração Trump fez da nossa relação com Portugal uma prioridade. Eu fui o primeiro Embaixador político desta administração a chegar à Europa. Nos poucos meses que passaram houve reuniões individuais entre os nossos Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa. E agora que estou em funções, estou muito focado em estabelecer ligações entre os altos responsáveis do nosso governo e os responsáveis superiores de Portugal.

Não que seja difícil convencer os americanos a viajar para Portugal nos dias que correm. Sabem que Portugal está na cabeça de investidores e viajantes de todo o mundo. A subida da notação da S&P foi uma óptima notícia – e é um reflexo do sangue, suor e lágrimas que vocês e muitos dos vossos compatriotas deram para a recuperação de Portugal.

Tendo trabalhado na área financeira durante mais de 30 anos, sei que as companhias em crescimento são as mais difíceis de gerir. O mesmo se pode aplicar aos países em crescimento. Vocês têm a dinâmica. Estão com uma taxa de crescimento de 3 porcento. E não querem perder isso. Quero que saibam que vou ser mais do que um aliado, vou ser um destemido defensor do sucesso económico de Portugal. Porque, volto a repetir, se Portugal for bem sucedido isso traduz-se em grandes oportunidades para os americanos e todos ganhamos.

Aliás, para o ano quero voltar aqui não apenas para reconhecer o investimento de Portugal nos Estados Unidos. Quero aplaudir as empresas americanas que fizeram novos investimentos em Portugal. Quando o Novo Banco for um banco americano, quero festejar. Quando agricultores americanos vierem para o Alqueva, quero festejar. Quando a Starbucks chegar ao Algarve e a Subway abrir a primeira loja no Porto, quero festejar.

E ao trabalharmos juntos para garantir o êxito económico, é preciso lembrar que a nossa prosperidade constante depende da nossa segurança conjunta. Tanto Portugal como os Estados Unidos têm beneficiado muito da Aliança da NATO. E à medida que a economia portuguesa dá novos e importantes passos, será bom que Portugal faça investimentos igualmente significativos na área militar. Estes investimentos, já agora, também contribuem para o crescimento económico. Podem apoiar a produção interna, criar emprego para os portugueses e aproveitar a educação e a tecnologia portuguesa. Podem – se é permitido que um Embaixador América Primeiro o diga – tornar-se investimentos “Portugal Primeiro”. Quem sabe se não está aqui uma boa ideia para um vídeo.

Temos, portanto, muito para celebrar, não apenas nesta sala mas por todo o Portugal. Antes de darmos por encerrado o programa desta noite, juntem-se a mim no agradecimento à Câmara de Comércio Americana e felicitemos a Brisa, GEPACK e Talkdesk pelos merecidos prémios.

Muito obrigado a todos.