No dia 7 de Dezembro o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa, acolheu a conferência “Portugal e os Estados Unidos da América: Parceiros num Mundo em Mudança”, um evento com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, que contou com a parceria da Embaixada Americana e da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). A sessão de abertura teve a presença do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, o Embaixador dos E.U.A. Robert Sherman e a Professora Alice Trindade do ISCSP.
No seu discurso o Presidente da República destacou a importância dos Açores, apelou ao fortalecimento dos laços entre Portugal e os Estados Unidos e disse que ”gire o mundo para onde girar, a geografia não muda. O Oceano Atlântico vai sempre unir os Estados Unidos e a Europa e os Açores continuam a ser a primeira porta para a Europa.” Sobre as relações bilaterais, o Presidente afirmou que “Cabe aos decisores políticos não ficar por aquilo que já temos e ansiar por mais em benefício mútuo dos nossos países. Podem transformar aquilo que nos uniu em acções tangíveis e fazer daquilo que ainda é visto como potencial uma realidade.”
Na sua intervenção o Embaixador Robert Sherman referiu-se ao Presidente da República dizendo que “tem um espírito analítico brilhante, é um profundo pensador estratégico e é dono do talento político e de comunicação para granjear o apoio de que esta mensagem precisa.”
Os oradores desta conferência foram unânimes quanto à incerteza do que será a presidência de Trump e concordam que os sinais dados depois da eleição de 8 de Novembro são mais importantes do que a retórica eleitoral. A Ministra-Conselheira da Embaixada Americana, Herro Mustafa, afirmou que “também Barack Obama tinha muitas ideias sobre política externa, mas, oito anos volvidos, Guantánamo continua aberta, as relações com a Rússia não melhoraram e a relação com a Síria não pode ser classificada como amigável.” Acrescentou ainda que “temos de dar espaço ao novo Presidente e aguardar que toda a equipa do Departamento de Estado tenha sido nomeada (incluindo subsecretários) para perceber o que se vai passar.”