Embaixador Fala sobre Política Externa Americana no ISCTE

Embaixador Sherman e os Professores Nuno Guimarães e Luís Nuno Rodrigues (Foto: Embaixada dos EUA)
Embaixador Sherman e os Professores Nuno Guimarães e Luís Nuno Rodrigues

O Embaixador Robert Sherman falou de “Política Externa dos EUA: Liderança Responsável, Parcerias Fortes e Novos Desafios” no ISCTE perante uma plateia de mais de sessenta estudantes dos departamentos de Relações Internacionais, Ciência Política e História e também alguns jornalistas.

“Seja um tsunami, uma ameaça do EI ou uma epidemia de ébola, quando há uma crise global”, disse o Embaixador Sherman, “quem é chamado a agir não é Londres, Tóquio ou Berlim, é Washington.” Afirmando que o mundo já não se divide entre “os bons e os maus”, que está muito mais complexo. Recebido pelos professores Nuno Guimarães e Luís Nuno Rodrigues, o Embaixador realçou a importância da Europa como parceiro dos Estados Unidos.

Dada a complexidade dos assuntos globais de hoje, disse o Embaixador, para ser responsável a política externa dos EUA exige alianças e parcerias fortes com outros países. Relativamente a Portugal, o Embaixador afirmou que “aquilo que nós (nos EUA) queremos é que cada país contribua conforme pode e o melhor que pode.” A título de exemplo, o Embaixador disse esperar que Portugal acolha o Centro de Segurança Marítima do Golfo da Guiné cujo objectivo seria o de “analisar e propor soluções para os problemas da região”.

Na plateia, estudantes dos departamentos de Relações Internacionais, Ciência Política e História e também alguns jornalistas. (Foto: Embaixada dos EUA)
Na plateia, estudantes dos departamentos de Relações Internacionais, Ciência Política e História e também alguns jornalistas.

Sobre a Ucrânia e a Rússia, o Embaixador respondeu a uma pergunta sobre a Rússia dizendo que “Vladimir Putin tem três objectivos: destruir a União Europeia, destruir a NATO e garantir que, se ele não conseguir a Ucrânia, não restará Ucrânia para ninguém.” Os EUA têm todas as opções sobre a mesa para acabar com a guerra no Leste da Ucrânia entre separatistas pró-russos e o exército de Kiev. Segundo o Embaixador, a crise na Ucrânia não tem uma solução militar: “O exército ucraniano não vai derrotar o exército russo.” O que pode ser conseguido pela força das armas “é tempo e espaço para as instituições políticas arranjarem uma solução pacífica.”

Outros tópicos abordados pelo Embaixador no seu discurso e na sessão de perguntas e respostas foram o Irão, Afeganistão, Iémen, Egipto, Coreia do Norte, Cuba, aquecimento global, surto de ébola em África e a importância da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) para a EU e os EUA.